quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ao amor que se foi.

Ao amor que se foi pra não voltar, resta apenas meu penar. Mas olha só que clichê, a dor de perder. Sem pedir, sem saber. Jamais vou esquecer. No dia cinza, saiu arrastando tudo, levando tudo, destruindo tudo. E quantas vezes a esperança não partiu meu coração? E partira mais uma vez, ao lembrar que a esperança, era mera utopia. Não que não te veja, vejo-te nos meus devaneios. Pra que veja como é demasiado meu desejo de tirar-te das cinzas, de fazer-te de novo, de te contar, de conversar. Se acredito no reencontro? Acredito no que me mantem de pé, porque tudo que era teu em meu peito, morreu. Secou. Sufocou-se. Não que não me lembre de tu pegando em minha mão, a esperar eu dar um passo e logo após outro. Mas é que a lembrança mais forte é a de tua ida, que foi tão rápida quanto um suspiro, todavia, tão dolorosa quanto... quanto... quanto o que mesmo? Foi tão dolorosa quanto todas as noites que chorei, quanto todas a lembranças que invadiram sem pedir, quanto a todos os sonhos que não pude negar, quanto a todas as fotos a me rodear, quanto a minha ilusão, ao achar que era tu a voltar. E ao contrário do que dizem, essa dor nunca vai passar, ela vai te acompanhar, vai ser tua amiga, nunca vai te deixar sozinha ou em paz, mas daí, você vai se acostumar. É que meus olhos revelam, tudo que nunca consegui falar. E não quero seguir as regras da redação... quero apenas lamentar, pelo amor que se foi, sem avisar.
(Autor: Laura Azevedo)

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